História do Home Care

Como em vários países, no Brasil, a assistência à saúde vem sofrendo modificações importantes e o modelo de assistência domiciliar se destaca mundialmente como um modelo alternativo para enfrentar às dificuldades de financiamento e custeio dos modelos atuais, onde as doenças crônicas são responsáveis por cerca de 70% dos gastos utilizados no tratamento em todo mundo.

A Assistência Domiciliar conhecida como ”Home Care” é definida como um conjunto de procedimentos hospitalares possíveis de serem realizados na casa do paciente. Abrange ações de saúde desenvolvidas por uma equipe multiprofissional baseada no diagnóstico da realidade em que o paciente está inscrito.

A Assistência Domiciliar inclui várias modalidades de serviço e níveis diversos de intervenção relacionados e complementares. O grau de complexidade das ações relaciona-se diretamente às especificidades de cada situação, determinando os procedimentos a serem acionados.

A modalidade de Assistência Domiciliar é praticada desde a antiguidade, porém de diversas formas e motivada por diferentes princípios. Todas as formas, entretanto, são caracterizadas pelo atendimento prestado no domicílio, por parte de profissionais que integram a equipe de saúde.

Este modelo de assistência surgiu em meados do século XIX, com algumas tentativas de sistematização metodológicas sempre relacionadas aos serviços de enfermagem. As primeiras recomendações para os cuidados em domicílio foram escritas por Florence Nightingale.

Estes serviços se caracterizavam pela realização de procedimentos mais simples e orientações aos familiares. A primeira experiência da implantação de um serviço “Home Care” dentro de um hospital ocorreu em 1780 nos EUA, com a formação da Associação de Enfermeiras Visitadoras, porém só em 1947 é que o hospital de Montefiori, em New York, introduziu o conceito de “Home Care” como sendo uma extensão do atendimento hospitalar.

No Brasil, o início da Assistência Domiciliar iniciou-se em 1916, com a criação do serviço de enfermeiras visitadoras no Rio de Janeiro. E a primeira experiência hospitalar se deu com a criação do SAMDU (Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência), que prestava atendimento fora do ambiente hospitalar. Tais serviços realizavam procedimentos em caso agudo e acompanhavam alguns pacientes com doenças crônicas. O SAMDU era ligado inicialmente ao Ministério do Trabalho, tendo sido incorporado pelo INPS em 1967. Outra experiência refere-se à Fundação Serviço Especial de Saúde Pública (FSESP), criada em 1960 e extinta em 1990, que desenvolvia, entre outras atividades: oferta organizada de serviços na unidade, no domicílio e na comunidade; abordagem integral da família; visita domiciliar, realizada por visitador sanitário e auxiliar de saneamento para atividades de promoção, prevenção de doenças, monitoramento de grupos de risco; e vigilância sanitária. Entre as atividades dos visitadores sanitários, destacam-se as visitas domiciliares a puérperas e recém-nascidos. Em 1963 foi implantado o Serviço de Assistência Domiciliar do Hospital de Servidores Públicos do Estado de São Paulo (HSPE). A necessidade de racionalizar o uso de leitos hospitalares e reduzir o custo assistencial associado à expansão do Programa Saúde da Família levou a modalidade apresentar expressivo crescimento, principalmente na última década.

Em 1987, desenvolveu-se uma experiência piloto em três hospitais da área de Montreal para o atendimento a pacientes clínicos agudos, com especial atenção para a administração e controle de antibióticos parenterais no domicílio. Na Europa, a primeira experiência formal aconteceu em Paris, França, onde, em 1957, se criou o Santé Service, que ainda hoje presta assistência sócia sanitária a pacientes crônicos e terminais. Na Espanha, a primeira unidade de Assistência Domiciliar foi criada em 1981, e nos anos seguintes surgiram iniciativas similares em diversos hospitais.


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